08
Out18
BRUNO M. SILVA - O FANTASMA DE PÁTROCLO
“Não ponhas os meus ossos longe dos teus, ó Aquiles.”
Homero, Ilíada, Canto XXIII
Eu corro em ti
como sucessivas guerras ou
cavalos dobrando as tábuas da memória
tudo o que sou dividido por taças em grandes festins
toda a minha morte como um coração sobre o teu
estou tão longe do meu nome
mas o deus que nos persegue diz-me
que se por um momento se fez o mundo
os meus cabelos deitar-se-ão
para sempre sobre os teus