Para o Paulo Cunha e Silva

  

Procuras um número
ou um nome.
O dedo desliza de Palo Alto
a Cupertino e o procuras vivo
pelo próprio nome ou apelido.
Procuras encontras outro está.
Brilha no ecrã como se existisse
é um só nome
que persiste. No meio das letras
recordação de um olhar azul que te vá
dizendo também tu estás
em decrescendo procurado serás
por outrem noutra manhã
de céu enevoado.
Procuras um número
mas um dia verás
teu nome em outra dor ser encontrado.