08
Nov19
BEATRIZ H. RAMOS AMARAL - DOIS NOTURNOS
I
num teorema
de ruínas e cantigas
pescar figuras
no oculto estranho
de um minuto
tanger a noite
no espanto dos olhos
sem reserva
voz da sombra
na garganta da palavra
II
as salamandras convidam
para a dança das chuvas
e adormecem
no instante úmido e fugidio
da dúvida
serenas
sabem respostas
de escolher perguntas
no estrábico desígnio
a madrugada dos galopes
floresce