24
Dez18
JORGE LUCIO DE CAMPOS - MANHÃ
a Gérard Fromanger
A vida é estranha
se o semblante
escava no dia
um traço
selvagem
A vida é estranha
se lhe cortam
as amarras com
os dardos do
tempo
A vida é estranha
se devém na noite
e enluta a aura
da manhã que
nasce