30
Ago18
ALEXANDRA VIEIRA DE ALMEIDA - O OLHAR DAS ESTRELAS
No brilho dos olhos teus
Um novo caminho se descortina
Calando o sopro dos gemidos.
O astro se expande num corpo de dor
A geografia dos beijos
Se fará em terra desconhecida
Em que o mistério se ergue sobre as colinas.
Na flor embalsamada pelo tempo
A memória do que um dia eu fui
Antes de te conhecer.
O olhar das estrelas
Se traduz em cura
Ofertada pelas mãos ondulantes da natura.
A morte se afasta pela hóstia do destino
Em encontrar um ser que é a sagrada face da existência.
As estrelas brilham nos teus olhos
Como duas várzeas que socorrem meu medo.
A chama do amor novo
Se aquece na floresta dos sentidos
Onde se tece um tecido indistinto
Como a sombra do sol em noite escura.
A vida estava bem ali perante meus olhos
Mal iluminados por um amor cruel
Como a foice da morte.
O passado me traria a chuva
Mas tu me trarás o sol por dentro do corpo
A me amanhecer para as coisas mais belas da vida.