ANDRÉIA CARVALHO GAVITA - RAVENA EM RUGIDO DE RUBIS
Procurando equilíbrio entre a pata de leopardo e a pata de corvo, descobre a constituição dos pés – falanges que projetam-se pela faringe – tranca-rua das línguas, trava-rosa no politeísmo dos dentes. A ventania virulenta a enche de arabescos. E a olha, dizendo chuva entre estrias de nuvens mastigadas. Tropeça e repete seus antiquários – salas, rostos e pássaros. Atentando ao pudor das expressões, balbucia um vibrião de vírgula na verborragia da vitória-régia. Não será rainha na balança do zodíaco, embora estrela de água no reflexo da lua. Rosácea, a pegada de crateras. Pelo e pena na pele do lago de papiros. Leocorvo na corcova. Manca de mandíbulas musicais, vicia-se pelos vincos vulcânicos das consoantes. Rasante, a regra no papel pólen. Respira e rasga.