23
Mar21
FRANCISCO DUARTE MANGAS - OS MORTOS ILUMINAM-SE
trago os meus mortos
no coração
quando os nomeio
eles iluminam-se
assobiam pelos cães
chamam por mim da soleira da porta
da velha casa
como se estivesse
nos confins da infância
e sorriem satisfeitos
por eu os libertar uns momentos
do tédio da eternidade