25
Fev20
JOSÉ DUARTE - NA VARANDA
tarde, mas não demasiado
tarde para descermos as ruas
que nos iam encurralando
e apertando os nossos corpos
em calor,
o check-in como forma de alívio
mesmo que o sol escolhesse descer
quando ainda os nossos pratos
estavam vazios.
tínhamos os olhos
cheios de promessas e
oportunidades e a a noite
estendeu o seu manto, enquanto
a brisa fresca alardeava
o seu corpo sobre
nós.
demos as mãos naquela
varanda no hotel em istambul
e pensávamos exactamente no que
definia a certeza da felicidade
mesmo que, por momentos,
nada fosse mais enganador
do que o breve suspiro
sustentado pelo peso
dos nossos corações.