LUÍS SERGUILHA - NOOLOGIA
Arrebatar os volumes contraditórios duma população de repetições musculares que invadem desmedidamente a prolongação falante dos tragadouros mais inesperados (absorver os rumores do sufocamento com as lascas dos fémures infeccionados): uma especiaria de ardores instrumentais suspensa na cabeça da última víbora com paladares de fígados e de lápides de silício( instantes não revelados disseminam abjunções e queimam tudo por dentro por meio de sopros estreitos dos bichos que enfrentam a mudez indestrutível das estacas do mundo: um tremendo buraco-antigo de esfacelamentos feito pela evasão dos baços da língua sem lugar: nocturna agitação dos vestíbulos-puros das carnaduras suporta as escadas dos vivos uma só-vez):imagens angulosas, silêncios desossados sem alheamentos contrabalançam-se nas sombras-trama do deserto ao seleccionarem as inervações das vozes adentro do erro mais inocente das teogonias órficas e o assédio centelhante da língua é já o ovo da insânia sussurrante do vaivém-dos-afrescos repletos de combinações de górgonas infinitas, de subtonalidades em fuga entre os ancoradouros inexplorados das mandalas e os olhares afocais do espírito que se tenta transladar acusticamente para criar urdiduras-do-espaço-no-corpo-amnésico: variogramas de armações ondeantes, de renascenças cromáticas, de entrechoques dos tensores-bruxos edulcoram os espoliários das palavras e as desídias hilemórficas, desenleando os abalos das linhas que se geram a si-próprias.
Sim, arrancar o escuro esquartejado da inexatidão das palavras e levá-las ao aradouro bizantino das bocas cernidas de avanços perseguidores do real( báratro incestuoso na antimatéria da enunciação da física e um grito-medusante carrega repetidamente as filigranas dos bípedes-oraculares, os obstáculos das trajectórias das ossaturas entre frisagens, escamas, rastros, falhas, esponjas, alamentos, vísceras, dobras, derrocadas, despenhadeiros, irrupções___tudo pela revivescência do pensamento, do mosto terrífico das últimas épocas; clãs Craniatas com milhares de chicotes transitários ): um corpo povoado de signos morre de vida em vários pontos de vista( o inactual exercita-se nos percevejos das existências matemáticas)
SIM, o retorno da luz-imanente do feiticeiro problematiza os jogos dos pâncreas verbais, os logaedros da matéria-mundo e as contemplações dos eixos batráquios, das vertigens dos ossos iomandibulares mudam permanentemente de sentido, porque o olho-com-aberturas-temporais remonta a imagem-capilar das equinodermas na tremenda grandeza espacial, deformando forças metabólicas do nu-esquelético( relances dos êxodos se controvertem com as expansões paradoxais das sinapses que tentam perfurar a eternidade sem referências e um verbo desbloqueia-se na enxertaduras dos raptos das vozes-com-vermes-tubulares para ultrapassar as margens repletas de transumâncias inauditas, sim, quem inventou o verbo foi o grito imolador de patologias)