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Dez20
MÁRIO MÁXIMO - O LUGAR DA DÁDIVA PERMANENTE
Piso as folhas outonais.
Folhas que aceitam os meus passos
com a ternura dos destinos que têm de ser percorridos.
Não preparo planos nem estudo doutrinas.
Aguardo pelas manhãs e elas chegam.
Nessa aparição da claridade
aceito a recompensa de haver coisas que nos transcendem.
Estou sentado à direita da poesia,
o lugar da dádiva permanente.
A que mais posso aspirar?