acordo com sangue nas mãos
e pese embora a rolha dos mantras
passo mal

preciso de passar menos tempo
a langonhar nos bares
a contas com o nojo de viver neste bardo
para outros tão desarmado
de bisgas nos miradouros
se até contigo
na pressa de contemplar outros cenários —

a música escalda pela goela abaixo
e a metros das águas químicas
vejo a lua
entre argolas de fumo
e miúdas nubladas em cima dos capots dos carros

caem cinzas por sobre mim
- quem sacudiu esse cigarro? -
olho ao alto e do céu
alguém some do nada

é lá que se encontra
a derradeira litrosa
com tantos museus para visitar

parque à noite
não há lugar
não há altura para se alcançar

uma vida a mais será sempre
uma vida a menos -