10
Out18
RICARDO GIL SOEIRO - TRATADO DAS CONFIDÊNCIAS (EXCERTO)
Para o António Luís Catarino.
Aposto no devir, assim medito. Foi sempre tudo muito claro. Penso por acaso, sonho por decreto. Escrever, eu escrevo. Mas só às vezes, quando, absorto, me adio e a magia por fim se oferece. Vencido cedo e então eu escrevo. Ergo-me, um tanto obscuro, da folha solta onde me volto a encontrar, mortal e verdadeiro.